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Programa Ações Afirmativas marca presença na Marcha das Mulheres Negras de MG

 No dia 13 de maio de 2015 – Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo – as mulheres mineiras marcharam pelas ruas de Belo Horizonte, denunciando o racismo e todo tipo de violação de direitos. Em suas pautas exigiam do Estado Brasileiro implementação de políticas públicas que garantam melhores condições de saúde, educação, emprego e moradia. Clamavam contra o extermínio da juventude negra e pela demarcação das terras quilombolas. Denunciavam a intolerância religiosa, o feminicídio, bem como as práticas racistas e sexistas no ambiente de trabalho.
Para Yone Maria Gonzaga, doutoranda em Educação da Faculdade de Educação da UFMG (FaE/UFMG), estar nas ruas reivindicando melhores condições de vida, junto aos setores historicamente discriminados é transformar nossos discursos em prática e lutar, efetivamente, pela justiça social e racial, traduzida no bem viver para todas/os.
Yone é Professora do Curso de Especialização Políticas de Promoção da Igualdade Racial na Escola (FaE/UFMG) e militante do Grupo de União e Consciência Negra de Minas Gerais (GRUCON-MG) e considera bastante oportuna a participação do Programa Ações Afirmativas na Marcha. “A participação do Programa demonstra que estamos produzindo um conhecimento engajado, que trabalha na perspectiva da transformação da sociedade, conhecimento que incorpora as demandas apresentadas pelos sujeitos em suas vidas cotidianas”, afirma Yone.
A diversidade foi a marca da Marcha das Mulheres Negras para Gilmara Souza, mestranda em educação e pesquisadora do programa Ações Afirmativas na UFMG. Para a pesquisadora, a manifestação mostrou o conjunto de preocupações e reivindicações que as mulheres negras têm no estado, combatendo a visão estereotipada sobre elas veiculada nos meios de comunicação e através do senso comum.
Gilmara representou o Programa Ações Afirmativas no carro de som da Marcha e considera fundamental ocupar o espaço público para dizer o quanto as políticas de Estado ainda são racistas e o quanto o racismo está institucionalizado na escola, nas universidades, no judiciário e em diversos espaços. “Acredito também que a participação do Ações é importante para afirmar a militância das intelectuais negras e trazer frescor para a nossa atuação, trocar ideias e nos fortalecer, conhecer novas pessoas, saber o que estão discutindo e como estão se organizando”, conclui.

Yone Gonzaga e Natália Alves


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