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O PROGRAMA AÇÕES AFIRMATIVAS NA UFMG CONVIDA:  ATIVIDADE ACADÊMICA CURRICULAR COMPLEMENTAR – AACC MAIO/2019 "20 Anos de Polí...

PALESTRA DEBATE RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE QUILOMBOLA

Promovida pelo Projeto de Extensão “Construindo Espaços de Diálogos e Reflexão sobre Metodologia de Pesquisa sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas” (CP/UFMG/Programa Ações Afirmativas) aconteceu no dia 29 de setembro - Continue lendo aqui.

O que mais temos a refletir sobre os estudantes cotistas da UFMG?

No dia 30 de abril de 2015 a Pró-reitora de graduação da UFMG promoveu um evento para apresentar dados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do Governo Federal) e do perfil discente da UFMG...

Denúncias de racismo duplicam em quatro horas

Uma modelo no Distrito Federal sofreu um ataque racista dentro de um ônibus por usar um turbante. Uma estudante foi agredida por intolerância religiosa dentro da escola... continue lendo aqui.

Apoio a política de Bônus Sócio-racial na UFMG



Prezad@s,

Em 2008, o Conselho Universitário da UFMG aprovou uma Política Afirmativa de Bônus Sócio-racial para ingresso na universidade e constituiu uma Comissão de Acompanhamento e Avaliação das Medidas de Inclusão na UFMG - CAIS - composta por representantes da Reitoria, servidores docentes, técnico-administrativos em educação e discentes, com o objetivo de acompanhar e avaliar a política nos seus quatro primeiros anos de implementação.
Decorridos este período, os estudos apontam que a experiência tem sido exitosa na UFMG, pois os estudantes ingressantes pelo Bônus apresentam padrões de desempenho acadêmico e evasão similares aos dos demais estudantes não-bonistas aprovados no vestibular.
No próximo dia 03.05.12, a Política será novamente apreciada pelo Conselho Universitário da UFMG e por esta razão, vimos a público manifestar nosso interesse na sua continuidade e solicitamos a tod@s que também se manifestem favoravelmente assinando o Manifesto/Petição intitulado: Carta Aberta UFMG APOIO À CONTINUIDADE DA POLÍTICA DE BÔNUS SOCIO-RACIAL NA UFMG.
Desta forma convocamos os estudantes, funcionários/as técnicos administrativos, professores/as, entidades representativas do movimento estudantil, sindicais, o movimento negro e os demais segmentos dos movimentos populares de Belo Horizonte para a realização de uma grande AULA DE CIDADANIA a ser realizada no dia 3/5/2012 às 14 horas (horário marcado para o inicio da reunião do CONSUNI) no hall do prédio da reitoria da UFMG.
O endereço para assinatura da petição é:

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N23813

Assinem e divulguem, afinal a educação pública de qualidade é um direito de todas!Trata-se agora de uma LUTA POLÍTICA: precisamos do maior número de apoio de pessoas que seja possível. Nos ajudem neste sentido.

Visita ao Quilombo Pimentel

No dia 29 de março de 2012 bolsistas do Programa Ações Afirmativas na UFMG, participaram da visita ao Quilombo Pimentel em Pedro Leopoldo com objetivo de entender como é a realidade da comunidade.
Durante a visita foram discutidas as necessidades dos remanescentes, suas condições de vida, a importância da valorização da comunidade enquanto parte da história de Pedro Leopoldo.
veja aqui algumas das reivindicações da comunidade que sofre com a falta de infraestrutura:
1- Transporte coletivo que atenda à Comunidade.
2- Pavimentação e iluminação da estrada que dá acesso à Comunidade.
3- Agente de saúde.
4- Instalação de um orelhão.
5- Construção de um espaço comunitário para reuniões e eventos.
6- Efetivação e acesso às Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial no município.
7- Resgate histórico e cultural de suas raízes.
 Dentre as características marcantes da maioria dos Quilombos brasileiro está o difícil acesso, o isolamento e a exclusão das políticas públicas dos municípios, do estado e do governo federal.

Para maiores informações  acesse:

 http://www.almg.gov.br/sala_imprensa/fotos/index.html?idAlb=2682&hdnQry=false&radio-

http://www.almg.gov.br/acompanhe/noticias/arquivos/2012/03/23_visita_comissao_direitos_humanos_quilombo_pedro_leopoldo.html



Relação de filmes com temáticas ligadas a questão racial


  1. A cor da fúria 
  2. A cor purpura
  3. A última ceia
  4. Adivinha quem vem para jantar
  5. Amistad
  6. A negação do Brasil
  7. Ao mestre com carinho I e II
  8. Assalto ao trem pagador
  9. Atlântico negro na rota dos orixás  
  10. Campos dos sonhos
  11. Conrack
  12. Corina
  13. Duelo de Titãs
  14. Em nome da honra
  15. Faça a coisa certa
  16. Febre na selva
  17. Filhas do vento
  18. Hurricane
  19. Kiriku e a feiticeira
  20. Mais e melhores blues
  21. Malcom X
  22. Marcha Zumbi dos Palmares contra o racismo, pela cidadania e a vida (1695-1995)
  23. Minoria absoluta
  24. Narciso rap
  25. O catedrático do samba
  26. O povo brasileiro- Brasil crioulo e matriz afro
  27. O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas 
  28. Paixão e guerra no sertão de Canudos
  29. Preto contra branco
  30. Quando criolo dança
  31. Quanto vale ou é por quilo
  32. Raízes
  33. Retrato em preto e branco
  34. Rompendo o silêncio - desconstruindo o racismo e violência na escola
  35. Sarafina
  36. Tempo de matar 
  37. Tempo de glória
  38. Um grito de liberdade
  39. Visões da liberdade 
  40. Vista minha pele
  41. Uma onda no ar
  42. Zumbi
  43. Xica da silva
A proposta desta relação de filmes é ampliar o conhecimento e a compreensão sobre a história dos afro-descendentes e a história da África



Política de bonus implantada na UFMG - entrevista concedida pela profª Antônia Aranha



“A inclusão é um quesito da excelência”

Foca Lisboa
Antônia Vitória: incentivo ao aluno que merece estar na UFMG

Desde 2009, cerca de 30% dos alunos de graduação da UFMG aprovados no vestibular foram beneficiados pelo programa de bônus, que acresce percentuais às notas de candidatos oriundos de escola pública e que se autodeclaram negros ou pardos. Estudo recém-concluído revela o papel do bônus “como política inclusiva de grande importância”, diz a pró-reitora de Graduação, professora Antônia Vitória Aranha.
“Não posso dizer que o bônus veio para ficar, porque quem decide isso, em última instância, é o Conselho Universitário. Mas seus resultados são muito positivos”, afirma a pró-reitora.
Em que consiste o estudo sobre o programa de bônus?
Trata-se de extensa análise, realizada com base em informações sobre o concurso Vestibular desde o ano 2000, com o objetivo de dar subsídios ao Conselho Universitário para avaliar a política de inclusão adotada pela UFMG em 2009.
Os dados indicam que o bônus está aprovado?
Nossa avaliação é de que foi uma política de inclusão muito positiva, pois trouxe para dentro da Universidade setores sociais que entravam de forma muito marginalizada ou praticamente inexistiam. Os dados revelam que até 2008 os negros e candidatos com renda familiar mensal inferior a cinco salários mínimos aprovados estavam sempre sub-representados com relação ao número de inscritos. A partir de 2009, esse quadro mudou, e o percentual de aprovados passou a coincidir com o de inscritos. Já os estudantes oriundos da rede pública são um caso à parte: apesar da adoção de medidas de ação afirmativa – e embora o bônus tenha feito coincidir o percentual de inscritos com o de aprovados – a proporção de inscritos da rede pública vem caindo desde o Vestibular 2002.
A que se pode atribuir essa queda?
Trabalhamos com hipóteses. Mas sabemos que há no imaginário da população a ideia de que a universidade federal não é para alunos da rede pública. Professores relatam isso para seus alunos em sala de aula. Hoje esses estudantes representam 45% do corpo discente – é um índice razoável, mas poderia ser maior, e o que nos preocupa é que vem caindo.
O que a Universidade tem feito?
Temos procurado entrar em contato com as secretarias de Educação, enviamos para a rede estadual exemplares do Guia das Profissões, procuramos divulgar amplamente nosso vestibular e reiteradas vezes anunciamos que os dados não espelham a impossibilidade de esses alunos estarem aqui.
Há quem questione políticas de ações afirmativas como o bônus, com o argumento de que se sobrepõem ao mérito...
Ninguém entra na UFMG sem ter mérito, porque todos passam por um processo de seleção. O bônus não retira o mérito, mas busca resgatar a justiça social. Não partirmos do pressuposto de que todos têm as mesmas possibilidades durante sua trajetória, porque isso não é verdade. Um aluno que estudou sete anos em escola pública e consegue 70% de pontos em nosso vestibular não tem as mesmas condições de outro que alcançou 80%, mas nunca precisou trabalhar, estudou em escola privada e contava com professor particular quando precisasse. O bônus oferece um incentivo para aquele candidato que se esforça tanto, que não chega por poucos pontos e que tem todo o direito de estar aqui na Universidade.
A inclusão é um quesito da excelência. Seremos muito bons se conseguirmos trabalhar eficientemente com alunos que não tiveram possibilidade de acesso a determinados conhecimentos e os levarmos a ter sucesso. Oferecer cursos para alunos que praticamente aprendem sozinhos é muito fácil. O desafio é incluir aquele que tem potencial e levá-lo a ter um percurso vitorioso aqui. Sob esse aspecto, o bônus é uma política inclusiva de grande importância, e a UFMG foi extremamente feliz há quatro anos quando a implantou, embora ela tenha exigido muito da Instituição.
Que tipo de exigências?
Tivemos que recrutar mais monitores e rever nossos programas, não para rebaixar nosso ensino, mas para adequá-lo. Estamos, por exemplo, estudando a possibilidade de oferecer – não necessariamente apenas para bonistas – uma disciplina de matemática zero, para nivelar o pessoal que passou no vestibular com nota ruim em matemática e que precisa desse conhecimento no curso de graduação. Queremos ampliar o alcance das disciplinas de línguas e produção de textos, hoje já oferecidas na modalidade a distância a um razoável número de estudantes. Estamos inovando, ao utilizar mecanismos como a educação a distância, para atingir mais alunos e propiciar a elevação do seu patamar de conhecimento. O enfrentamento desses desafios vai nos tornar melhores e mais criativos.
O que o estudo revela sobre a evasão?
Ela é menor entre os bonistas. Em termos gerais, a evasão na UFMG gira em torno de 6%. Quando analisados separadamente, percebemos que entre eles o índice de evasão é de 5,3%, e de 7,38% entre os não bonistas. Isso significa que os beneficiários do bônus não desistem com facilidade.
E quanto ao desempenho?
Ainda não temos dados, estamos pesquisando. Mas indicadores nacionais mostram que o desempenho dos alunos que entraram em diversas universidades por ações afirmativas é igual ou superior ao dos outros alunos.
Os estudos sugerem necessidade de mudanças na aplicação do bônus?
Três fatores têm agora efeito simultâneo: o bônus, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o ingresso da UFMG no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Este último, em particular, tem exigido esforços de conciliação dessas três políticas, de maneira que o bônus não fique superdimensionado nem tenha seus efeitos anulados.


Enviado pela profª Yone Gonzaga,