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O PROGRAMA AÇÕES AFIRMATIVAS NA UFMG CONVIDA:  ATIVIDADE ACADÊMICA CURRICULAR COMPLEMENTAR – AACC MAIO/2019 "20 Anos de Polí...

PALESTRA DEBATE RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE QUILOMBOLA

Promovida pelo Projeto de Extensão “Construindo Espaços de Diálogos e Reflexão sobre Metodologia de Pesquisa sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas” (CP/UFMG/Programa Ações Afirmativas) aconteceu no dia 29 de setembro - Continue lendo aqui.

O que mais temos a refletir sobre os estudantes cotistas da UFMG?

No dia 30 de abril de 2015 a Pró-reitora de graduação da UFMG promoveu um evento para apresentar dados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do Governo Federal) e do perfil discente da UFMG...

Denúncias de racismo duplicam em quatro horas

Uma modelo no Distrito Federal sofreu um ataque racista dentro de um ônibus por usar um turbante. Uma estudante foi agredida por intolerância religiosa dentro da escola... continue lendo aqui.

Prisão de jovens em debate

O Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais (LEPSI) realizará a palestra “A prisão de jovens: o que queremos com isso? ”, no dia 14 de outubro, às 19h, no auditório Neidson Rodrigues (Faculdade de Educação da UFMG). Com a mediação do Prof. Br. Marcelo Ricardo/ UFMG, a mesa contará com a presença de Profa. Dra. Andréa Guerra/UFMG  e o prof. Dr. André Favacho/UFMG.

O evento conta com o apoio do LEPSI da USP e da Unifesp e da Red Interuniversitaria Internacional INFEIES – Estudios e Investigaciones Psicoanalíticas e Interdisciplinarias em Infancia e Instituciones das Universidades Latino-Americanas.


Encontro reunirá jovens de Matriz africana de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Com o objetivo de aumentar o entendimento da sociedade e das esferas de poder sobre as religiões de matriz africana e discutir a luta contra a discriminação, de 31 de Outubro a 1 de Novembro  vai acontecer o 1ª Encontro da Juventude de Matriz africana de Belo Horizonte e Região Metropolitana. As inscrições estão abertas para os jovens de religião de matriz africana como:  Candomblé, Umbanda, Ifá, Batuque, Xângo, Tambor de Mina, Jurema, Omolcô e Congado.

A programação acontecerá na  FUNEC, Unidade CENTEC (Rua Bernardo Monteiro, 20 – Centro -  Contagem/MG) e envolverá ações culturais, musicais e políticas. Serão abertas 200 vagas para  jovens de Matriz Africana (entre os 16 e 29 anos) que deverão fazer sua inscrição. Será aberta a participação de observadores que também deverão se inscrever previamente.Mais informações consulte o site e o evento no facebook

Conexões de Saberes realiza oficina sobre ações afirmativas

Com o objetivo de debater as formas de resistência, enfrentamento e transformação do espaço universitário, marcado por um profundo elitismo, o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão Conexões de Saberes (FAFICH/UFMG) vai realizar oficina com o tema: "Ações Afirmativas e políticas de permanência: entraves, conquistas e desafios”.

A proposta faz parte do projeto Trajetórias de Estudantes Egressos de Escola Pública, Negras/os e Indígenas e compreende cinco oficinas com estudantes da UFMG que tem sua trajetória acadêmica considerada “não lineares”. Esta é a segunda oficina da proposta e acontecerá no dia 23/09, das 16h às 18h na sala 2005 do prédio da Fafich, UFMG (campus Pampulha). Os próximos encontros acontecerão nos dias 30/09, 7/10 e 14/10, no mesmo horário e local.  


Informações pelo evento no facebook 

I Seminário sobre Africanidades reunirá gestores e professores da rede pública

Com o objetivo de discutir a implementação da cultura e história da população afro-brasileira e das africanidades nas práticas pedagógicas e o comprimento da Lei 10.639/2003, que define a necessidade desses conteúdos na escola, o Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial de Minas Gerais (FPEDERMG), em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros do CEFET-MG realiza o  I Seminário sobre Africanidades nas Secretarias de Educação da Região Metropolitana de Belo Horizonte, MG.

O evento acontecerá no dia 24/10, no auditório do CEFET-MG (campus 1), de 7h30 às 17h30 e é voltado para gestores e professores da rede pública da região metropolitana de Belo Horizonte.

Faça sua inscrição

Confira a programação:

Como a ditadura perseguiu militantes negros

Documento inédito mostra como a repressão monitorava integrantes do então embrionário movimento negro brasileiro

Com medo de que a luta pela igualdade racial crescesse à luz de movimentos internacionais como o Panteras Negras e se voltasse contra a polícia, a ditadura passou a seguir os passos de militantes e reuniões do embrionário movimento negro brasileiro.
 Ufmg.com
Abdias do Nascimento, entre outros integrantes do movimento, foram espionados

Documento de 24 de outubro de 1979 mostra como o IV Exército, no Recife, descrevia um foco de “problemas”. “A partir de 1978 apareceu um novo ponto de interesse da subversão no País, particularmente nos estados do Rio de Janeiro e, com mais ênfase, na Bahia: a exploração do tema racismo, procurando demonstrar a sua existência e colocar o negro brasileiro como motivo de discriminação”, diz o texto de sete páginas. 

O relatório nunca antes divulgado revela que o “método” utilizado para a obtenção das informações deu-se pela “infiltração em entidades dedicadas ao estudo da cultura negra, por meio de palestras em reuniões e simpósios”, como a IV Semana de Debate sobre a Problemática do Negro Brasileiro, em abril de 1978 na Bahia. A temática das palestras, segundo os militares, tratava de temas como “a tão falada democracia racial não passa de um mito”, “o racismo no Brasil é pior do que no exterior, porque é sutil e velado”, “a existência da Lei Afonso Arinos, contra o racismo, é prova de que ele existe”, “a Abolição da Escravatura foi imposta pelas necessidades da economia capitalista e não por uma preocupação sincera com a situação do negro”. 

O documento havia sido solicitado em 11 de junho, por meio da Lei de Acesso à Informação, ao Comando do Exército, que oito dias depois respondeu não possuir arquivos sobre o monitoramento de ativistas negros. A Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou, no entanto, o relatório no Arquivo Nacional, em Brasília, há duas semanas. Segundo o ouvidor-adjunto da CGU, Gilberto Waller, esta é a primeira vez que se encontra um documento confidencial elaborado exclusivamente para tratar do tema, quando o que se via até então eram trechos e citações a outros textos. “Vemos que o Estado se preocupou com o movimento negro a ponto de ter classificado as informações”, explica. “Na visão da CGU, em termos de acesso à informação, é um grande ganho conseguir algo de valor histórico tão relevante. ”

O relatório, cujo rodapé alerta: “Toda e qualquer pessoa que tome conhecimento de assunto sigiloso fica, automaticamente, responsável pela manutenção de seu sigilo. Art. 12 do decreto no 79.099, de 6 de janeiro de 1977”, cita a mobilização nacional em torno da formação do movimento contra a discriminação racial. “Os grupos do Movimento Negro de Salvador são: Ialê, Malê, Zumbi, Ilialê, Cultural Afro-Brasileiro. Esses grupos apresentaram, no dia 8 julho de 1978, ‘moção de solidariedade aos integrantes do movimento paulista contra a discriminação racial, pelo ato público antirracista do Viaduto do Chá’”. 

O ato, segundo a socióloga Flavia Rios, autora da tese Elite Política Negra no Brasil: Relação entre movimento social, partidos políticos e estado, diz respeito à marcha que saiu naquele dia do Viaduto do Chá em direção ao Teatro Municipal para a criação do Movimento Unificado contra a Discriminação Racial, que mais tarde se tornaria o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial. “Ele é formado por ativistas de várias regiões do País, tem essa característica nacional”, conta a também coautora da biografia sobre a militante negra Lélia Gonzalez. “Havia uma preocupação da ditadura de que ideais do movimento armado Panteras Negras, por exemplo, e da luta dos direitos civis americanos pudessem chegar aqui. Por isso, o regime acompanhou vigilantemente manifestações políticas e encontros. ”

O informe até pouco considerado inexistente fala ainda sobre uma “campanha artificial contra a discriminação no Brasil” e lembra que, “em virtude das restrições políticas”, o Movimento Negro de Salvador passou a realizar reuniões paralelas e a adotar organizações celulares, com base nos “centros de luta”, compostos de três integrantes. A capital baiana teria sete desses centros, cuja função era “mobilizar, organizar e conscientizar a população negra nas favelas, nas invasões (de terras urbanas), nos alagados, nos conjuntos habitacionais, nas escolas, nos bairros e nos locais de trabalho, visando a formar uma consciência dos valores da raça”.

Além do encontro nacional do Movimento Negro de Salvador, entre 9 e 10 de setembro de 1978, no Rio de Janeiro, os arapongas* descrevem a Terceira Assembleia Nacional do Movimento Negro Unificado, em 4 de novembro de 1978, na capital baiana, com militantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Citam o Congresso Internacional da Luta contra a Segregação Racial entre 2 e 3 de dezembro de 1978, em São Paulo. E relatam o ciclo de palestras do Núcleo Cultural Afro-Brasileiro, no segundo semestre de 1978 em Salvador, do qual participaram opositores como o deputado federal baiano Marcelo Cordeiro e o paulista Abdias do Nascimento, professor emérito na Universidade de Nova York. Além do acadêmico, são citados militantes monitorados como José Lino Alves de Almeida e Leib Carteado Crescêncio dos Santos, além do senador baiano Rômulo Almeida e “agitadores angolanos no movimento negro, caracterizados como refugiados da guerra civil”.

Em relação ao teor da agenda do Movimento Negro à época, os repressores ressaltam que a pauta era composta de pontos como a necessidade de se contestar o regime, aprofundar o engajamento no movimento pela anistia, projetar no exterior a imagem do “mito da democracia racial brasileira”, escolher o 20 novembro para o Dia Nacional da Consciência Negra, melhorar as condições de emprego da população negra, e buscar dar fim à sua marginalização na sociedade e à maior proporção de negros nas penitenciárias. 

Estima-se que 42 dos 434 mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura eram negros.


Fonte: Site da revista Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/revista/867/a-paranoia-nao-tem-cor-1121.html, acessado em 22/09/2015
* Arapongas era como eram chamados os agentes policiais da ditadura que gravavam ilegalmente conversas telefônicas ou permaneciam infiltrados em eventos. (nota da editora)


Seminário de pesquisa discute identidade quilombola e escola


“A questão quilombola no Brasil – aproximação, pesquisa e intervenção” é o tema da próxima edição do Seminário de Pesquisa do Programa Ações Afirmativas na UFMG, que vai acontecer no dia 29/09, às 19h na sala de reuniões do Centro Pedagógico da UFMG. Promovido pelo projeto de extensão “Construindo Espaços de Diálogos e Reflexão sobre Metodologia de Pesquisa sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas”, o evento trará a Prof.ª Ms.ª Tatiane Campos, mestre em geografia pelo IGC-UFMG e professora da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais para abordar a relação entre identidade territorial de uma comunidade quilombola e a escola, a partir das conclusões de seu projeto de mestrado.

O Centro Pedagógico da UFMG fica na Rua Fernando de Melo Viana, nº. 260 (em frente Faculdade de Educação), Campus Pampulha, Belo Horizonte/MG. A entrada gratuita é não é necessária inscrição prévia. Serão emitidos certificados de participação. A Equipe responsável pelo projeto é composta por Prof.ª Dr.ª Elânia de Oliveira (coordenadora), Prof. Dr. Natalino Neves da Silva (subcoordenador) e Prof.ª Jairza Fernandes Rocha da Silva (organizadora). Mais informações:acoesafirmativas@yahoo.com.br





4ª Semana da UEMG discute diversidade e afrodescendencia

Com o tema Diversidade e Afrodescendencia – Interações, Mediações e (Re)Conhecimento, a 4ª Semana da Universidade Estadual de Minas Gerais acontecerá dos dias 11 a 19 de setembro em Belo Horizonte e mais 15 campi espalhados pelo interior do estado.

A conferência de abertura será proferida pela Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) Prof.ª Dr.ª Nilma Lino Gomes. Nilma foi coordenadora geral do Programa Ações Afirmativas na UFMG (2002 a 2013), integrando atualmente a equipe de pesquisadores do Programa e abordará o tema central da Semana.

Ao longo dos nove dias de programação, a semana oferecerá uma grande variedade de atividades com debates que relacionam a dimensão étnico-racial à literatura, gênero, saúde, juventude, políticas públicas entre outras. Convidados internacionais de países africanos discutirão as diversas perspectivas da afro descendência e diversas atividades culturais e espetáculos resgatarão as memorias do povo brasileiro através de figuras emblemáticas do povo negro.


Confira programação atualizada do Grupo de Estudos


Cadernos Negros de conto, poesia e luta

Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia
Me envia mensagens do orum
Meus dentes brilham na noite escura
Afiados como o agadá de Ogum
Eu sou descendente de Zumbi
Sou bravo valente sou nobre
Os gritos aflitos do negro
Os gritos aflitos do pobre
Os gritos aflitos de todos
Os povos sofridos do mundo
No meu peito desabrocham
Em força em revolta
Me empurram pra luta me comovem
Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia
Eu trago quilombos e vozes bravias dentro de mim
Eu trago os duros punhos cerrados
Cerrados como rochas
Floridos como jardins 
(Linhagem, Carlos de Assumpção)



Os Cadernos Negros foram um importante veículo de divulgação da literatura afro-brasileira. Através da reunião da produção de poetas e contistas negros, a publicação expunha o racismo e as desigualdades raciais no Brasil, além de fazer um combate a inferiorização e objetificação do povo negro na literatura nacional.

A primeira publicação de Cadernos Negros surgiu em 1978, ainda sob a Ditadura Militar e em meio a efervescência dos protestos contra o regime. O volume contou com contribuições dos poetas Henrique Cunha Jr., Angela Lopes Galvão, Eduardo de Oliveira, Hugo Ferreira, Celinha, Jamu Minka, Oswaldo de Camargo e Luiz Silva (Cuti). Com o sucesso do primeiro número, os cadernos passaram a ser publicados anualmente e geraram em 1982 a criação do grupo Quilombhoje, em atividade até hoje.

Em 2008, os Cadernos ganharam o reconhecimento do governo federal e, através do Programa Nacional de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (MinC), foi lançada uma antologia com os melhores poemas e contos publicados nos volumes 1 ao 19, o que deu origem a dois livros: "Cadernos Negros: os melhores poemas" e "Cadernos negros: os melhores contos".

Mais informações:

Ações repudia projeto de lei que fere os direitos quilombolas em Ouro Verde-MG


De autoria do vereador Cassiano Pereira Jardim, o Projeto de lei 010/2015 visa mudar o nome do Quilombo de Santa Cruz para Córrego Santa Cruz. A proposta tramita na Câmara Municipal de Ouro Verde de Minas, localizada na região do Vale do Mucuri, e representa um ataque aos direitos da população quilombola. A comunidade Quilombo de Santa Cruz resiste a mais de 100 anos contra a invasão de fazendeiros e a implantação da monocultura do café.

O projeto de Lei tem como objetivo impedir o reconhecimento legal definitivo dessa comunidade como remanescente de quilombo e fere a constituição brasileira e as convenções internacionais que o país é signatário.

O Programa Ações Afirmativas repudia essa ação e se coloca ao lado da luta contra toda forma de desigualdade, discriminação e preconceito.

Leia a moção de repúdio: 



Programa de Ações Afirmativas da reitoria oferece oficinas

Inicia esse mês as atividades do Programa de Ações Afirmativas da reitoria para o segundo semestre. A iniciativa é desenvolvida pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) e tem por objetivo oferecer oficinas que desenvolvam e aperfeiçoem as habilidades de leitura e escrita acadêmica e de gestão pessoal e organização do tempo aos estudantes.

Na oficina “Leitura e produção de texto”, a proposta é tornar mais familiar a produção de textos acadêmicos, com o conhecimento e a produção dos mais diversos gêneros textuais, apresentação das normas da ABNT e exercícios sobre a norma culta da língua, entre outras questões. A oficina “Gestão do Tempo e Organização Pessoal” tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento dos estudantes a partir da apresentação de ferramentas de organização.


Os cursos têm como prioridade atender os estudantes cotistas, indígenas e assistidos pela FUMP. 

Mais informações no telefone (31) 3409-4567.