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O PROGRAMA AÇÕES AFIRMATIVAS NA UFMG CONVIDA:  ATIVIDADE ACADÊMICA CURRICULAR COMPLEMENTAR – AACC MAIO/2019 "20 Anos de Polí...

PALESTRA DEBATE RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE QUILOMBOLA

Promovida pelo Projeto de Extensão “Construindo Espaços de Diálogos e Reflexão sobre Metodologia de Pesquisa sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas” (CP/UFMG/Programa Ações Afirmativas) aconteceu no dia 29 de setembro - Continue lendo aqui.

O que mais temos a refletir sobre os estudantes cotistas da UFMG?

No dia 30 de abril de 2015 a Pró-reitora de graduação da UFMG promoveu um evento para apresentar dados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do Governo Federal) e do perfil discente da UFMG...

Denúncias de racismo duplicam em quatro horas

Uma modelo no Distrito Federal sofreu um ataque racista dentro de um ônibus por usar um turbante. Uma estudante foi agredida por intolerância religiosa dentro da escola... continue lendo aqui.

Carta aberta do programa Ações Afirmativas


                                                                                                             Belo Horizonte, 21 de março de 2013. 


À Profa. Dra. Tânia Margarida Lima Costa
Diretora do Centro Pedagógico – Escola de Educação Básica e Professional da UFMG

Prezada senhora,

O Programa Ações Afirmativas na UFMG está acompanhando as notícias veiculadas na mídia local e nacional sobre denúncia de racismo feita por uma mãe de aluno do Centro Pedagógico (CP) e que vieram a público no dia 20/03/2013. Segundo as reportagens, a denúncia se refere ao fato de um estudante negro de 14 anos ter sido chamado de "macaco" pelo professor de português, de 49 anos, cujo nome não foi divulgado, ao término da aula na segunda-feira (18).

Segundo a reportagem de Carlos Eduardo Cherem, publicada no site UOL, no dia 20/03/2013 e intitulada “Estudante é chamado de "macaco" por professor em escola da UFMG”, a direção da escola já tomou medidas administrativas cabíveis para apurar o caso e dar o devido encaminhamento à situação.

Sabemos que o CP é uma das escolas da Educação Básica de Belo Horizonte que realizou ações de formação de professores na perspectiva da Lei 10.639/03, tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas de ensino fundamental e médio, públicas e privadas. O próprio Programa Ações Afirmativas na UFMG já participou, em 2004, de um trabalho de parceria com o CP nessa perspectiva. Atualmente, três professores do CP integram o Programa Ações Afirmativas e desenvolvem projetos de ensino, pesquisa e extensão na perspectiva da educação para as relações étnico-raciais. 

Todavia, sabemos que a luta contra o racismo na sociedade e na educação escolar, bem como a implementação da Lei 10.639/03 exigem da sociedade e da escola um trabalho sistemático e contínuo, a fim de garantir o direito à educação a todos os estudantes sem discriminação de qualquer ordem. Isso implica não só no cumprimento dos marcos normativos educacionais, como também na adoção das medidas legais cabíveis, caso sejam comprovadas, na escola, situações de racismo, preconceito e discriminação praticadas por docentes, discentes, técnico-administrativos e familiares.

Conforme consta nos artigos 3º, inciso IV e 5º, inciso XLII da Constituição Federal, assim como no artigo 20 da Lei 776/89, o racismo e os atos que se configuram como prática, indução ou incitação à discriminação e ao preconceito são crimes. É também importante ressaltar as orientações legais da Lei Federal n. 12.288, Estatuto da Igualdade Racial. Espera-se que toda essa legislação seja tomada como eixo orientador dos trabalhos da comissão e do processo administrativo instaurados, juntamente com os documentos normativos internos à UFMG e ao Centro Pedagógico.

Uma vez comprovada a denúncia, o Programa Ações Afirmativas na UFMG e toda a comunidade acadêmica aguardam que o caso seja tratado com o rigor com que reza a Lei e as medidas punitivas sejam aplicadas com urgência.

Sabendo da seriedade dessa instituição e da gravidade do problema denunciado, espera-se a celeridade dos trabalhos da comissão e que os resultados se tornem públicos à família do estudante e para toda a sociedade. Espera-se ainda que a direção da unidade encaminhe ações efetivas para que esse tipo problema não seja tolerado e não volte a ocorrer. Afirmamos nossa disposição em colaborar em ações já desenvolvidas pelo CP para a educação das relações étnico-raciais. Reiteramos a disposição do Programa Ações Afirmativas, assim como de outros programas e de colegas da Faculdade de Educação em desenvolver junto ao CP ações de formação para a educação das relações étnico-raciais, tanto voltadas para docentes, quanto para estudantes, bem como assessorar a construção de projetos de ensino nessa temática. 

Que o Centro Pedagógico dê a essa situação um tratamento exemplar para que o ocorrido jamais se repita.

 Atenciosamente,  Programa Ações Afirmativas na UFMG   

Dia 21 de março - Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação
                                            Racial (ONU - 1976) 

CARTA ABERTA À UFMG E AO CONSELHO UNIVERSITÁRIO SOBRE O 
TROTE NA FACULDADE DE DIREITO QUE INCITA À DISCRIMINAÇÃO E AO PRECONCEITO 

No dia 18 de março de 2013, a comunidade acadêmica da UFMG e a sociedade assistiram, chocadas, à veiculação, nas redes sociais, de cenas produzidas por um grupo de estudantes veteranos do curso de Direito da UFMG, durante uma das atividades de recepção dos calouros do primeiro semestre de 2013.

A imagem de uma jovem branca, com o corpo pintado de preto, mãos amarradas por uma corrente, portando no pescoço um cartaz, onde estava escrito “caloura Chica da Silva” e puxada por um estudante veterano, com um largo sorriso no rosto, choca qualquer pessoa que tenha o mínimo senso de dignidade humana.

Outra cena assustadora, organizada pelos veteranos, expunha um jovem, pintado de vermelho, amarrado com fitas adesivas a uma pilastra, simulando um tronco e rodeado por três veteranos, os quais posam, fazendo saudação nazista. Um deles chegou a pintar no rosto um bigode semelhante ao que era usado pelo ditador Adolf Hitler.

Tais imagens e supostas brincadeiras indignariam qualquer um, quanto mais os docentes, discentes e técnicos-administrativos de uma universidade com a excelência da UFMG e que acaba de implementar cotas para estudantes de escola pública, baixa renda, negros e indígenas, em cumprimento a Lei Federal 12.711, de 2012.

Independentemente de qualquer justificativa, a mensagem emitida por essas imagens trata a população negra e indígena, na sua diversidade, de modo homogêneo e numa condição humilhante e constrangedora. Insinua o tipo de tratamento ameaçador (continência nazista) que esses grupos, hoje mais representados no ensino superior por meio das cotas, poderão receber no seu processo de permanência na universidade. Induz ao preconceito e à discriminação de gênero, raça e etnia.

Fatos como esses merecem tratamento exemplar. Cabe lembrar que são imputados como crimes previstos no artigo 20 da Lei 7.716/89, que trata da prática, indução ou incitação à discriminação e ao preconceito.

Sendo atos praticados por discentes de uma universidade pública, pautada por princípios éticos, devem ser tratados não apenas como uma infração disciplinar, mas como prática de racismo e apologia ao nazismo. Os autores desses atos deverão responder ao que consta na Lei, pois agrediram a dignidade humana e um dos princípios fundamentais da República, a saber, “a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

Solicitamos ao Conselho Universitário e a todos os órgãos superiores da UFMG, bem como à direção da Faculdade de Direito da UFMG, um posicionamento firme em relação a esses fatos indignos que não condizem com a própria história política e acadêmica desta instituição.

Atenciosamente,

Programa Ações Afirmativas na UFMG.
Curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas – FIEI

Publicações

Trote na faculdade de direito da UFMG

Apesar de argumentarem que as fotos foram divulgadas sem os devidos contextos (se é que isso tem um), os alunos do curso de Direito se isentam da acusação de racismo no trote. Haverá uma reunião pra discutir o assunto que, segundo a CAAP, está apurando os questionamentos sobre o trote e dialogando com os envolvidos. Haverá debate sobre o ocorrido em reunião aberta nesta terça-feira as 11h30min e na Reunião Geral de quarta-feira. "Queremos ouvir as versões e possíveis reclamações sobre o trote". Convidamos todos os interessados a comparecerem!

"Discriminação racial e o papel da educação no seu combate"





Local: SINPRO Rio, rua Pedro Lessa -35/3o andar
Data 21/3/2013 - Dia Internacional contra a Discriminação Racial, das 19:00 as 21:30.


Palestra: "Relações étnico-raciais: Ampliando os Horizontes da Educação"

    Museu de Artes e Ofícios recebe Nilma Lino Gomes no Ampliando Horizontes


O Museu de Artes e Ofícios recebe, no projeto Ampliando Horizontes, Nilma Lino Gomes, pós-doutora em antropologia e pedagoga". No encontro, uma abordagem do tema . O evento ocorre no dia 19 de março, terça-feira, às 19h30, com entrada gratuita, no MAO, localizado na Praça da Estação. 


Sobre o tema:

Respeito e reconhecimento da presença das relações étnico-raciais serão o foco da discussão. A proposta é um diálogo sobre as contribuições ao tema realizadas no campo educacional. O Movimento Negro como produtor de saberes que impactam a educação também será abordado, assim como a Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas e os atuais limites e desafios na educação básica.


Nilma Lino Gomes possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (1988), mestrado em Educação pela UFMG (1994), doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (2002) e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade de Coimbra - Portugal (2006). Atualmente é professora associada do Departamento de Administração Escolar da Universidade Federal de Minas Gerais, Bolsista de Produtividade/CNPQ, coordenadora-geral do Programa Ações Afirmativas na UFMG e do NERA - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas. Tem experiência na área de Educação e Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: organização escolar, formação de professores para a diversidade étnico-racial, movimentos sociais e educação, relações raciais, diversidade cultural e gênero.

Congresso Internacional de educação em Cuba

Recepção de calouros FaE - UFMG 2013/1º

Funny Pictures

Para além das cotas - recepção dos calouros 2013/1