Confira a cobertura audiovisual do evento:
PALESTRA DEBATE RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE QUILOMBOLA
Promovida pelo Projeto de Extensão “Construindo Espaços de Diálogos e Reflexão sobre Metodologia de Pesquisa sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas” (CP/UFMG/Programa Ações Afirmativas) aconteceu no dia 29 de setembro - Continue lendo aqui.
O que mais temos a refletir sobre os estudantes cotistas da UFMG?
No dia 30 de abril de 2015 a Pró-reitora de graduação da UFMG promoveu um evento para apresentar dados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do Governo Federal) e do perfil discente da UFMG...
Denúncias de racismo duplicam em quatro horas
Uma modelo no Distrito Federal sofreu um ataque racista dentro de um ônibus por usar um turbante. Uma estudante foi agredida por intolerância religiosa dentro da escola... continue lendo aqui.
Coleção Terras de Quilombos conta a história das comunidades quilombolas no Brasil
08:12
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Vinte comunidades quilombolas ocuparam a Faculdade de Educação da UFMG no dia de hoje. Foi o lançamento da Coleção
Terras de Quilombos – Livretos de Linguagem Pública sobre Comunidades
Quilombolas. O projeto foi uma iniciativa conjunta do Núcleo de Estudos
Quilombolas (NUQ), do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (CERBRAS), do
Observatório da Justiça Brasileira (OJB); o Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA); e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
O evento divulgou os primeiros livretos da Coleção Terras de
Quilombos e apresentou e discutiu o processo de produção dos livretos, que
foram elaborados a partir de Relatórios Antropológicos confeccionados para
compor processos de regularização fundiária quilombola, no âmbito do INCRA.
Para o projeto, que pretende colaborar para a criação de uma linguagem pública
e acessível sobre os quilombos no Brasil, uma antiga demanda das comunidades
quilombolas, serão analisados um total de 190 Relatórios Antropológicos.
Os livretos são material inédito e permitem melhor compreensão do
histórico de ocupação das comunidades, caracterização dos territórios,
principais conflitos em questão, atividades produtivas essenciais e potenciais,
modos de ser e viver, saberes e fazeres e principais desafios enfrentados para
a sustentabilidade de seus territórios. Ainda, que as comunidades quilombolas
se apropriem desse material para apoiar a reivindicação de suas demandas,
podendo, também, ser adotado nas escolas, reforçando a Educação Quilombola,
entre outras necessidades das comunidades.
Confira a cobertura audiovisual do evento:
Confira a cobertura audiovisual do evento:
Os cinco jovens fuzilados pela PM no Rio eram negros — e isso não é coincidência
04:58
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Roberto de Souza Penha, Carlos Eduardo de Souza e
Cleiton Correa de Souza tinham entre 1 e 3 anos de idade quando Cidinho e
Doca emplacaram o mega sucesso “Rap da Felicidade”. Wilton Esteves e Wesley
Castro Rodrigues eram um pouco mais velhos, contavam entre 5 e 10 anos.
Talvez eles tenham cantado com outros contemporâneos de comunidade que morreram
antes deles os versos proféticos: “Eu só quero é ser feliz / andar
tranquilamente na favela onde eu nasci / e poder me orgulhar / e ter a
consciência que o pobre tem seu lugar”.
Talvez cantassem este hino do funk enquanto
comemoravam dentro do carro, o primeiro salário do menino Roberto, de 16 anos.
Talvez sorrissem e planejassem a diversão do domingo antes de tentarem,
desesperados, segundo testemunhas, colocar braços e cabeças para fora do
veículo conduzido por Wilton, clamando por misericórdia aos policiais militares
postados em posição de guerra na entrada da favela.
Outro verso da música ecoa: “Faço uma oração para
uma santa protetora / mas sou interrompido / a tiros de metralhadora”. Não
adiantou. Thiago Resende Barbosa, Marcio Darcy dos Santos, Antônio Carlos
Filho, fuzilaram o carro dos rapazes com cerca de 50 tiros, no começo da favela
onde viviam, em Costa
Barros, zona Norte do Rio de Janeiro. A conclusão lógica é
que a liberdade de ir e vir não é facultada aos jovens negros sequer na favela
onde nasceram, como eternizado na canção.
Posteriormente, o policial Fabio Pizza da Silva
ainda tentou fraudar a cena do fuzilamento para simular um Auto de resistência,
ou seja, tentou criar um cenário de revide dos policiais a um forjado ataque
das cinco vítimas com uma arma plantada debaixo do carro, multiplamente
perfurado. Felizmente não deu certo. Os três assassinos e o comparsa estão
presos e serão julgados. O comandante responsável pela área de atuação dos
quatro policiais foi exonerado. Ok.
O Secretário de Segurança do Estado do Rio de
Janeiro, José Mariano Beltrame se pronunciou e eximiu a Corporação Militar de
responsabilidades, haja vista que em sua opinião não se trata de um problema de
despreparo profissional dos responsáveis pela matança. Trata-se de um problema
de caráter dos matadores.
Assim fica fácil! Difícil mesmo foi a vida dos
rapazes assassinados, que nunca gozou de garantias constitucionais básicas.
Difícil é a vida das famílias que precisarão administrar dores, revolta e
desamparo, sem tempo para o luto, porque se fraquejarem seus mortos apenas
comporão a cifra das 83 vidas de jovens negros perdidas a cada dia no Brasil. O
problema da carnificina de Costa Barros é que a Polícia Militar é o braço
armado do Estado, autorizado a matar, a exterminar jovens negros e pobres.
Quilombolas e indígenas. Moradores de favelas, periferias, palafitas, alagados
e todos os demais quartos de despejo do Brasil endinheirado e branco.
Dezenas de jovens que conseguiram ser avisados
por familiares ou amigos para não voltarem para casa naquela noite porque havia
ação policial no morro, agora choram e tremem, com os nervos em frangalhos. Poderia
ter acontecido com eles. Pode acontecer amanhã.
É mais ou menos tácito que vivemos uma cultura de
violência, como vários ex-secretários de segurança pública do Rio de Janeiro
apontam a cada chacina. E que precisamos combatê-la, por suposto. Cada um
fazendo uma parte, o Estado, a Polícia, a escola, o cidadão e a cidadã comuns,
os meios de comunicação, de maneira integrada.
Temos conhecimento de boa parte das ações necessárias,
mas não fazemos nada ou praticamente nada. Ocorre que discutir a violência,
apenas, não resolve. É preciso problematizar o racismo estrutural da sociedade
brasileira que gera violência e avaliza o extermínio de jovens negros,
comemorado por governantes como gols de placa. Ou alguém ousa negar que a
vida desses garotos não tem valor porque são vidas de negros?
Por Cidinha da Silva, do DCM
Cidinha da Silva, mineira de Belo Horizonte, é
escritora. Autora de “Racismo no Brasil e afetos correlatos” (2013) e “Africanidades
e relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura,
literatura e bibliotecas no Brasil” (2014), entre outros.
O racismo também mata mulheres
07:54
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Dia 25 de novembro, Dia Internacional da Luta Pelo
Fim da Violência Contra a Mulher, é uma data importante para se falar dos dados
levantados pelo Mapa da Violência 2015: em 10 anos, os feminicídios cometidos contra mulheres negras cresceram 54%, enquanto os feminicídios contra mulheres brancas caíram 10% no mesmo período.
Diante desses dados, é necessário que façamos um
questionamento: por que os índices de feminicídio das mulheres brancas
diminuíram, enquanto os das mulheres negras aumentaram? Se a conscientização
sobre o machismo apresentando o grupo de mulheres como um grupo universal
fosse uma estratégia eficiente, os índices de feminicídio não teriam aumentado
tanto para um grupo de mulheres que possuem a cor da pele como característica
em comum. As mulheres negras engajadas nos movimentos de mulheres falam disso
há muito tempo: a universalização de mulheres como um grupo que possui as
mesmas necessidades e contextos é uma armadilha, pois só atende às necessidades
daquelas que são contempladas pelas experiências apresentadas. Fora de vista,
milhares de mulheres continuam em situações de vulnerabilidade e as
mobilizações que visam combater a violência contra a mulher continuam não
chegando até elas.
Precisamos investigar mais profundamente a forma
como os movimentos feministas estão atuando e quem está sendo atingindo pela
conscientização, assim como precisamos entender o que leva a disparidade tão
grande entre as mulheres brancas e negras assassinadas por parceiros ou
ex-parceiros. É importante que analisemos as estratégias dos movimentos sociais
e o seu alcance; podemos até afirmar que a quantidade de eventos e debates
sobre feminismo e violência contra as mulheres, incluindo aqueles que debatem
sobre as questões que envolvem racismo, aumentou, mas também não é difícil
observar, analisando imagens de divulgações e anúncios de eventos feitos pelas
redes, que esses debates, palestras e encontros estão centralizados nas
universidades, em bairros de classe média e outros locais pouco acessíveis ou
de difícil acesso para mulheres de outras regiões – como aquelas que moram em
bairros periféricos ou que não possuem Ensino Superior.
E enquanto é verdade que coletivos de feministas
periféricas estão atuando em seus bairros e regiões, é importante traçar uma
comparação entre o número de ações feitas nas periferias e nos centros ou
universidades. Será que essas ações feministas têm chegado às mulheres das
cidades do interior, por exemplo? Se sim, como elas estão chegando e quais são
suas propostas? Há um diálogo preocupado com a realidade local daquelas
mulheres, com suas necessidades mais urgentes e com uma linguagem que faça
sentido para seus contextos de vida?
Talvez insistir em modelos feitos para a
universidade não seja uma estratégia abrangente o suficiente, ainda que seja
muito importante. Mas se a maioria das mulheres vítimas do machismo são
mulheres negras, se elas não estão frequentando uma faculdade e nem sequer
tomam conhecimento dos debates que acontecem nas regiões mais centrais das
cidades grandes, como podemos esperar que o número de feminicídios contra essas
mulheres diminua?
Nos últimos anos, as discussões sobre essas
questões aumentaram nas redes e novas ações foram realizadas nas periferias,
assim como foram criadas estratégias voltadas para o combate do machismo
marcado pelo racismo. O esforço de décadas de feministas negras históricas tem
culminado em uma nova geração que usa a internet e promove ações relevantes em
regiões além dos centros e universidades. Teremos a oportunidade de testemunhar
os resultados dessas ações no próximo Mapa da Violência – pelo menos é isso que
desejamos -, mas repensar nossas falhas ainda é algo fundamental para que os
movimentos feministas se tornem cada vez mais propositivos e efetivos na
sociedade.
Sem dúvida alguma, é imprescindível para qualquer
ativista compreender que a universalização das demandas das mulheres brancas,
sudestinas e de classe média ou alta é uma estratégia racista, pois joga à
margem milhares de outras mulheres, sejam elas negras ou indígenas, do norte ou
do nordeste e também com menos poder econômico. De nenhuma forma isso quer
dizer que as mulheres brancas citadas não sofrem com a misoginia, mas outras
mulheres também precisam ser alcançadas e ter suas realidades transformadas
para melhor.
Neste dia 25 de novembro, devemos refletir sobre
nossas ações passadas e repensar nossas ações futuras. O objetivo do movimento
feminista é assegurar os direitos das mulheres, o direito que todas as mulheres
têm à vida. E se um grupo de mulheres está morrendo mais do que outro, que
nossas ações se voltem mais para aquelas que estão sendo mais vitimadas –
porque o racismo também mata mulheres.
Por Jarid Arraes, do Revista Fórum
Programa Ações Afirmativas marca presença na Marcha das Mulheres Negras
06:12
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“Uma sobe e puxa a outra”, "A
nossa luta é todo dia! Mulher negra não é mercadoria", " O abre alas
que as negras vão passar! Somos mulheres negras e vamos nos afirmar!", "Marcha
do Quilombo marcha! Molha o pé, mas não molha a meia! Viemos lá do Quilombo
fazer Marcha na terra a alheia!”. Essas foram algumas das
frases cantadas na Marcha das Mulheres
Negras: Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver que aconteceu no dia
18 de novembro (2015), em Brasília.
A presença do Programa
Ações Afirmativas na Marcha ratifica nosso compromisso com a luta antirracista,
assim como, fortalece nossas ações contra toda forma de violência e opressão.
As imagens da Marcha, que
aqui publicamos, registradas por integrantes do Programa, não traduzem com
exatidão o brilho da diversidade cultural e discursiva que vimos nessa ocasião.
Palavras, frases, brados, cantos e poesias ecoaram as ruas do Distrito Federal,
de maneira ética, pedagógica, afirmativa, estética e política, com cor, brilho
e negritude.
Marchamos ao lado de
lideranças quilombolas, feministas, lésbicas, anarquistas, sem terra,
imigrantes, refugiadas, religiosas, pesquisadoras, estudantes, trabalhadoras
domésticas, catadoras, ribeirinhas, rurais, partidárias entre tantas mais que
representavam diferentes associações, agremiações e entidades públicas,
filantrópicas e privadas. Muitas acompanhadas de suas crianças. De fato um
momento histórico que nos alerta sobre a força das mulheres negras.
Certamente um momento único
na história desse país, nós mulheres negras construímos algo a partir do que
nos une: “nós queremos viver”! Muitas de nós certamente nunca tiveram a
oportunidade de diálogos entre si e sua diversidade de experiências vividas,
mas se colocaram disponíveis – politicamente!
Contamos com mulheres jovens,
adultas e a energia das mulheres idosas; todas de diferentes lugares do país e
da América Latina. Havia ainda homens de todas as idades apoiando a caminhada com
camisas da Marcha. A presença de crianças foi também bastante marcante,
apontando o futuro da luta. Tantas pessoas que não cabem aqui e demonstram que nossa
luta não tem fronteiras físicas; em si a Marcha é resultado de uma longa luta,
iniciada do outro lado do Atlântico e assumida pelos mais variados coletivos
negros do continente americano.
]
É pelo bem viver que fomos
para Brasília, pelo fim do genocídio de nossos filhos jovens, pelo direito à
diferença na escola e na vida, contra o feminicídio, a solidão, contra a
intolerância religiosa, descasos com a saúde da população negra. Situações
perpetuadas nas relações mais imediatas, mas absorvidas para o campo
institucional.
Por causa do racismo
institucional, mulheres negras de diferentes idades morrem em celas, abortos
clandestinos e por doenças falciformes (sem o devido tratamento); enfim, lutamos
pelo direito de viver plenamente as distintas esferas da vida; o amor,
os afetos, as relações sociais, a experiência trabalhista em diferentes
áreas, com representação pública e garantia dos direitos humanos.
E por contestar a
hegemonia e privilégios já estruturados, é que fomos desrespeitadas, sob risco
de morte, por pessoas que ocuparam o gramado do Congresso Nacional em defesa de
impeachment da atual Presidenta e intervenção militar no Congresso Nacional.
Pessoas que requerem a manutenção de seus privilégios, status quo, ameaçando a integridade
daqueles que manifestam democraticamente e lutam por justiça: reconhecimento,
redistribuição e representação. (veja a moção de repúdio ao fim do texto)
Vimos nisso tudo que as
mulheres negras têm conseguido, não sem conflitos, produzir conhecimento sobre
si (o que desejam e quais são os entraves sociais que precisam ser desfeitos
para que haja de fato maior igualdade de oportunidades); bem como, construíram
uma pauta de reivindicação e proposições políticas, por direitos e reparações,
durante e após as Marchas Estaduais.
Não se pode negar que estamos inter-conectadas
espacialmente e/ou afetivamente: vivemos a solidariedade de cuidarmos umas das
outras, no trabalho, na família, na rua, em casa, mas também nos momentos mais
difíceis, na hora da morte, no pagamento do aluguel, na compra de um remédio,
na ajuda para mensalidade da faculdade, na compra de mantimentos e o conforto
para dividir as angústias dos assédios e estupros, muitas, em total segredo.
Enfim, a luta continua
"todo dia e toda hora", como nos informam as mulheres quilombolas.
Por hora, seguimos na certeza de que estamos cada vez mais reconectadas com as
nossas guerreiras ancestrais: Dandaras, Carolinas de Jesus, Beatrizes
Nascimento, Ruths de Souza, Therezas Santos, Laudelinas Campos, Sylvias de
Oxalá, Lélias Gonzales, Angelas Davis, Stellas de Oxóssi... em busca do bem
viver! Nesse sentido, o grito "Uma
sobe e puxa a outra!" tem a força da mulher negra, tem história, memória e movimento.
Por Aline Neves Alves;
Johanna Monagreda, Michele Lopes e Yone Gonzaga.
Moção de Repúdio
Durante a realização da
Marcha das Mulheres Negras em Brasília-DF, manifestantes acampados na Esplanada
pró-impeachment e pela intervenção militar ameaçaram, constrangeram e colocaram
em risco a segurança e integridade das integrantes da marcha ao utilizarem
saudações nazistas, manifestações racistas e machistas e dispararem tiros no
meio do aglomerado de quase 30.000 (trinta mil) pessoas.
O direito de
manifestação e liberdade de expressão é direito fundamental, mas não autoriza o
discurso de ódio, incitação ao crime e discriminação.
A Marcha das Mulheres
Negras é um movimento pacífico por pautas que contemplem a interseccionalidade,
marcado por união, solidariedade e sororidade. Transcorreu sem nenhum outro
incidente.
A ação perpetrada pelos
manifestantes acampados na Esplanada pró-impeachment e pela intervenção militar
se adequa ao tipo penal previsto no artigo 15 da Lei 10.826/2003 (estatuto do
desarmamento), artigo 147 do Código
Penal e ao crime de racismo previsto na Lei 7716/89.
Agrava-se a situação
pelo fato de o autor dos disparos ser policial, em tese ciente de suas
responsabilidades e dos imperativos que regem sua função.
Numa época em que se
luta para que igualdade e dignidade humana sejam princípios universais
materiais, é inadmissível que posturas de segregação e constrangimento ainda
sejam perpetradas e permaneçam impunes.
Nossa luta é pela
eliminação de todas as formas de racismo e machismo, pelo que repudiamos os
atos criminosos em sua integralidade e aguardamos as medidas cabíveis.
A CMA/OAB/DF continua
atenta e militante na efetivação dos direitos fundamentais e no papel da OAB de
defesa do Estado Constitucional.
Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos
Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal.
Prêmio Zumbi de Cultura encerra amanhã no Palácio das Artes
09:14
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Tem mais Prêmio Zumbi de Cultura e comemoração da Consciência Negra! Dando continuidade às
festividades do Prêmio Zumbi de Cultura, no dia 18/11 (quarta-feira), às
19h, haverá a roda de conversa: “Resistência,
arte e empreendedorismo”, com performances artísticas e shows (Grupo Fala
Tambor, Brasil African Vocal, Cia Baobá Minas e Zaika dos Santos) na Sala
Juvenal Dias, Palácio das Artes, Belo Horizonte. Este ano, haverá ainda o lançamento da revista
“Herdeiros de Zumbi: mestres, artistas e grupos culturais homenageados pelo
Prêmio Zumbi de Cultura de 2010 a 2014”.
Desde
2010, o Prêmio Zumbi de Cultura é distribuído anualmente, nas seguintes
categorias: Dança, Teatro, Música, Religiosidade, Literatura, Educação,
Manifestação Cultural, Personalidade Negra, Menção Honrosa e Atuação Política.
Como novidade, foi incluído o reconhecimento na categoria Protagonismo Juvenil.
Como ocorre a premiação
No período que antecede à
realização do Prêmio Zumbi de Cultura, as indicações de nomes são feitas por
grupos culturais e entidades ligadas ao movimento artístico e político negro,
por meio da equipe de articulação do projeto.
Os indicados têm o nome e o histórico
avaliados pela comissão julgadora do Prêmio, formada por representantes da
sociedade civil, classe artística, poder público, articuladores do Prêmio e a
idealizadora do projeto, Júnia Bertolino, diretora e coreógrafa da Companhia
Baobá Minas.
Os eleitos são convidados a
participarem do evento em que são homenageados e recebem o Prêmio Zumbi de
Cultura, materializado em forma de uma linda e imponente escultura de bronze
criada pelo artista plástico Jorge dos Anjos.
Companhia Baobá Minas
Criada em 1999 por Júnia
Bertolino, a Companhia Baobá Minas aborda o cotidiano do negro, a cultura,
ritmos, poesia e dança afro-brasileira do povo brasileiro no intuito de trazer
o público uma imagem do negro em toda sua beleza e altivez. Além disto, atua
para mostrar a cultura popular das diversas comunidades do território nacional,
ressaltando valores e temáticas importantes desta cultura, como a oralidade,
memória, ancestralidade e identidade, e sobretudo o notório saber dos mestres
populares e a valorização da cultura de matriz africana.
A Cia Baobá Minas ressalta a
importância da parceria com artistas e grupos culturais mineiros na realização
dessa iniciativa que valoriza e fortalece ações culturais na cidade de Belo
Horizonte.
Dia
18 de novembro, 4ª feira – Roda de conversa e shows
Horário: 19h
Local: Sala Juvenal Dias
Exibição do Video: V Prêmio
Zumbi de Cultura – Cia Baobá Minas (premiados 2014)
Atrações: Roda de conversa
“Resistência, arte e empreendedorismo”, shows com Grupo Fala
Tambor, Brasil African Vocal, Cia Baobá Minas e Zaika dos Santos.
Entrada franca
Afirmação da Cultura Afro-Brasileira ganha Ciclo em Ouro Preto
08:12
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Entre os dias 13 e 22 de
novembro está acontecendo na cidade histórica de Ouro Preto o I Ciclo de
Debates sobre Políticas de Afirmação da Cultura Afro-brasileira. Promovido pela
Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP, a Biblioteca Pública Municipal de Ouro
Preto, o Ateliê de Psicanálise de Ouro Preto, o Fórum de Igualdade Racial de
Ouro Preto (FIROP) e o Cine Vila Rica, o evento tem programação gratuita e o
objetivo de contribuir para a divulgação da cultura da população negra.
O Ciclo tem uma programação
variada e visa possibilitar também o diálogo sobre a diferença, através de
apresentações culturais, musicais, exibição de filmes, palestras e mesas de
debate que abordarão os temas do Estatuto da Igualdade Racial e do Plano
Nacional de Políticas Públicas de Igualdade Racial e da Juventude, como a arte
e o artesanato afro-brasileiro, o samba, a capoeira, o negro na história do
Brasil, o negro na literatura, a importância da cidade de Ouro de Preto na
formação econômico-social e cultural de Minas e do Brasil, os valores
civilizatórios afro-brasileiros, entre outros.
Entre
os convidados estão a representante do CENARAB – Centro Nacional de
Africanidade e Resistência Afro-Brasileira, Makota Celinha; o Superintendente
de Povos e Comunidades Tradicionais, da Secretaria de Estado de Direitos
Humanos de Minas Gerais, João Carlos Pio de Souza; o médico Dr. Arisosvaldo
Figueiredo; o Presidente da Academia Marianense de Letras, Roque Camêllo; a
representante da 1ª turma da Academia Infanto-juvenil de Letras da Academia Marianense
de Letras, Jailda de Freitas Silva; a pedagoga Cláudia Martinha Barbosa; o
idealizador da Escola de Música e Escola de Arte Samba Preto Choro Jazz, Diego
Fernandez; além dos representantes da irmandade Nossa Senhora do Rosário dos
Pretos de Ouro Preto.
Confira a programação:
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