Postagem em destaque

O PROGRAMA AÇÕES AFIRMATIVAS NA UFMG CONVIDA:  ATIVIDADE ACADÊMICA CURRICULAR COMPLEMENTAR – AACC MAIO/2019 "20 Anos de Polí...

PALESTRA DEBATE RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE QUILOMBOLA

Promovida pelo Projeto de Extensão “Construindo Espaços de Diálogos e Reflexão sobre Metodologia de Pesquisa sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas” (CP/UFMG/Programa Ações Afirmativas) aconteceu no dia 29 de setembro - Continue lendo aqui.

O que mais temos a refletir sobre os estudantes cotistas da UFMG?

No dia 30 de abril de 2015 a Pró-reitora de graduação da UFMG promoveu um evento para apresentar dados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do Governo Federal) e do perfil discente da UFMG...

Denúncias de racismo duplicam em quatro horas

Uma modelo no Distrito Federal sofreu um ataque racista dentro de um ônibus por usar um turbante. Uma estudante foi agredida por intolerância religiosa dentro da escola... continue lendo aqui.

Sobre o trote

Ainda sobre o Trote Racista, Sexista e Nazista na UFMG

Ontem quatro professores da UFMG entraram com um recurso na congregação da escola de Direito contra a decisão da Ilma. Sra. Diretora da Faculdade de Direito da UFMG de instaurar processo administrativo disciplinar contra os 198 alunos, mediante a Portaria nº. 059/2013.

Fizemos isso na qualidade de atingidos duplamente pela decisão tomada pela diretoria da Escola de Direito com respeito aos fatos ocorridos durante o trote que foi amplamente divulgado nas redes sociais na web e pela imprensa nacional e internacional.

Fomos duplamente atingidos pela decisão por sermos, nós 4 atuantes na área de direitos humanos através de inúmeros projetos e ações que desenvolvemos e fomos também atingidos por sermos professores da UFMG.

Estamos profundamente preocupados com a imagem publica de nossa universidade porque decisões como estas indicam que a universidade não se sentiu parte lesa, e não interpretou o fato como um atentado à concepção de universidade.

Quando uma unidade acadêmica (Escola de Direito) da UFMG aceita que ações comprovadas de racismo e apologia ao nazismo são “brincadeiras de mal gosto” ela nos atinge diretamente porque joga por terra todas as nossas ações e tudo que já produzimos em nossa universidade para combater estes dois crimes. Como professores desta universidade entramos com o recurso também como pelos alunos que foram indiciados pela conclusão do processo de sindicância porque nos julgamos, todos nós, responsáveis por nossos alunos e pelo que acontece em nossa universidade. Entramos com o recurso porque não podemos nos eximir da responsabilidade de tratarmos este caso de forma exemplar porque já temos atuação em vários outros anos através de pedidos e discussões de como impedir que tais atos aconteçam e não conseguimos fazer com que nossas preocupações se transformassem em um “regulamento” de convivência universitária. Embora a UFMG tenha atualmente um novo regimento interno ela não concluiu varias de suas partes, entre elas um código de conduta discente.

Nossa atitude é a primeira de muitas que tomaremos para que essas questões sejam efetivamente discutidas nas universidades. Somos de um grupo grande de professores que esta indignado com a falta de decisões apropriadas a estas questões de trote na universidade. Muitos de nós já vimos tentando discutir ações que tornem esses tipos de atitudes como sendo incompatíveis com a vida universitária.

Ontem era o ultimo dia para entrar com um recurso contra a decisão. Simbolicamente escolhemos 4 de nós, que somos professores de fora da Es cola de Direito, para entrar com o recurso. Queremos com isso dizer que esta decisão afeta a universidade como um todo e principalmente as áreas onde projetos mais relevantes de pesquisa e extensão relacionados a direitos e desigualdade social são desenvolvidos.

Outros professores estão preparando vários outros tipos de representações a serem encaminhadas a outras instancias da universidade e fora dela.

Por Regina Helena.